segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

OPINIÃO - ANO XXI - Nº 226 - JAN-FEV 2015


Pesquisa científica feita por núcleo da Universidade Federal de Juiz de Fora concluiu que informações contidas em lote de cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier, na década de 70, eram verídicas.

Pesquisa ganha repercussão internacional
Um lote de 13 cartas atribuídas a Jair Presente, jovem morto por afogamento, na cidade de Americana/SP, psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no período de 1974 a 1979, foi objeto de minuciosa pesquisa acadêmica realizada pelo psiquiatra Alexander Moreira de Almeida, diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (NUPES-UFJF0) em parceria com o Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, a partir de tese de pós-doutorado dos pesquisadores Denise Paraná e Alexandre Rocha.
O objeto da pesquisa não era comprovar a autenticidade do fenômeno mediúnico (comunicação entre “vivos” e “mortos”), mas cingia-se a apurar se os dados presentes nas cartas conferiam com a realidade. O estudo terminou por concluir que os dados eram críveis: “As informações comunicadas nas cartas eram precisas (nomes, datas e descrições de fatos acontecidos na vida da família) e verídicas (nenhuma informação comunicada nas cartas estava incorreta ou era falsa”, afirmou Moreira-Almeida em entrevista ao site UOL. Vários órgãos da imprensa nacional repercutiram a notícia, após destaque internacional obtido pelo trabalho publicado, em setembro do ano passado, pela revista científica “Explore”, da Editora Elservier, de Amsterdã, Holanda, e que pode ser conferido em http://www.journals.elsevier.com/explore-the-journal-of-science-and-healing/ .

Metodologia buscou blindar fraudes
Ao examinar a autenticidade dos fatos revelados nas cartas psicografadas, o estudo levou em conta, inclusive, a probabilidade de Chico Xavier ter tido acesso às informações por outros meios. Essa possibilidade terminou por se revelar extremamente remota. Em vários casos eram informações privativas da família, algumas delas, até desconhecidas dos familiares que recorreram a Chico na busca de comunicação com Presente. Foi o caso de informação trazida pelo suposto espírito comunicante sobre o falecimento de sua madrinha, episódio até então desconhecido da família.
Na metodologia empregada pela pesquisa, selecionaram-se 99 informações objetivas e passíveis de verificação. Para apurar sua veracidade, foram feitas entrevistas em profundidade com familiares e pessoas que tiveram acesso aos fatos. Também se recorreu a recortes de jornais e outros documentos.

Para saber mais: entrevista realizada pelo site uol, na Internet, pode ser acessada em:
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2014/12/26/estudo-analisa-veracidade-de-cartas-psicografadas-por-chico-xavier.htm .





O Método e os Fatos
Sempre que se apresentam elementos de provas, como o desta notícia, sobre temas espíritas, há quem alegue que a pesquisa não seguiu rigorosamente o “método científico”. No grupo de debate da CEPA, na Internet, o tema foi discutido, a partir das experiências realizadas por William Crookes, recordadas em nossa última edição.
Vale registrar o que escreveu, ali, Ricardo Nunes, licenciado em filosofia: “O objeto de estudo do espiritismo não é passível de reprodução como em um laboratório de química”. Daí, segundo ele, os limites reconhecidos por pensadores modernos como Popper, Khun e outros, do que se chama “método científico”. Lembrou Ricardo que “as condições de harmonia entre médium e espíritos são únicas, e isto deve ser levado em conta, sob pena de querermos deitar o fenômeno espírita em um leito de Procusto”.
Àquele comentário, outro integrante do grupo, Homero Ward da Rosa, também formado em filosofia, acresceu: “O objeto de estudos do espiritismo, como diria Descartes é uma coisa que pensa, e, além disso, tem livre-arbítrio, vontade, intenção. Apresenta-se quando pode e a quem quer, e, por isso, não há como ser observado, estudado, analisado, dissecado, unicamente pelo método científico, acadêmico tradicional, o que não implica que este não possa ser utilizado”.
Poderíamos resumir esses lúcidos comentários, recordando que, para o espiritismo, espírito é gente como a gente. Médium, idem. Mais do que os métodos científicos com que se medem fenômenos físicos ou químicos, a essas manifestações se devem aplicar as interpretações, bem mais complexas e nunca matematicamente previsíveis e inteiramente esclarecedoras, da psiquiatria, da psicologia, da sociologia, da antropologia e do direito, ciências humanas que veem o ser humano como uma inteligência movida por saberes, crenças, interpretações, emoções e experiências díspares, e nem sempre enquadráveis em esquemas de previsibilidade.
De qualquer sorte, fatos são fatos. Em outras experiências comprovadamente sérias, já se fotografaram espíritos; já se analisaram suas comunicações escritas pelas mãos de um médium, identificando seus traços grafoscópicos com os de quando encarnado; já se gravaram suas vozes diretas; já se compararam estilisticamente seus ditados com a respectiva produção literária na vida física.
São manifestações factuais que, um dia, por certo, se hão de impor, não mais como elementos de crença, mas como expressões de uma realidade que, para ser devidamente reconhecida, está a reclamar a adoção de um novo paradigma científico, com coragem suficiente para romper com o materialismo em que se acabou enredando a cultura contemporânea. (A Redação).






Vergonha e esperança
“A morte não apresenta tabela de preço. Não premia delatores. Não adianta trazer dinheiro grudado ao corpo com fita crepe, o vexame será inútil.” (Martha Medeiros – Z.H. 7.1.2015).

Como todos os brasileiros de bem, a cronista gaúcha Martha Medeiros diz ter começado o ano “sentindo vergonha do país e, ao mesmo tempo, com esperança”. Expressou esse duplo sentimento em sua festejada coluna do jornal Zero Hora. A vergonha, obviamente, justificada pelos crimes contra o erário público, cometidos por agentes do governo e empresários. A esperança, esboçada na capacidade que hoje demonstra a Nação de apurar os ilícitos e punir os culpados.
Mas, o mesmo artigo, “Ela, a incorruptível”, adentra um tema de particular relevância para nós, espíritas: “Por mais que roubem” - escreveu Martha referindo-se a corruptores e corrompidos – “nunca poderão subornar a morte”, pois que “ela está logo ali em frente, aguardando seres humanos de todos os escalões, tanto os donos de jatinhos quanto os que puxam carroça”.
A inexorabilidade da morte seria, por si só, um estímulo à vida digna. Viver dignamente - atesta a experiência -, conduz à morte igualmente digna. Para quem, no entanto, admite a sobrevivência do espírito e da consciência após o decesso físico, os males antes dele praticados geram consequências que precisarão ser enfrentadas pelo agente.
Embora condutora de nossa cultura, a religião, com sua pregação de recompensas e castigos eternos, revelou-se incapaz de gerar uma ética apta à formação de uma sociedade livre da corrupção. Esta, infelizmente, impregna o Estado, os organismo sociais, suas mais caras instituições e, inclusive, a Igreja.
A filosofia espírita propõe uma visão mais ampla acerca da responsabilização do agente após a morte. Acrescendo à questão da sobrevivência individual do espírito a sua condição evolutiva admite que a busca dos valores imperecíveis é meta de todo o ser consciente. Erros e acertos fazem parte desse processo. Mas o erro, em qualquer circunstância, gera sofrimento. Deste, só se libera o espírito na medida em que a experiência e o aprendizado lhe inspirarem mudanças efetivas de conduta em direção do bem.
Indivíduos e sociedades humanas, mais do que o temor pelos castigos prescritos pelos sistemas penais e pelas religiões, precisam aprender a ler as leis da natureza e agir em sua conformidade. Quando convictos de que o mal praticado contra outros é a causa primordial de seus sofrimentos, serão, inexoravelmente, conduzidos a mudanças. O progresso, este é, efetivamente, inexorável. E a morte, como elemento intrínseco da vida, torna-se, nessa visão, mais um degrau galgado na escada que leva à responsabilidade individual e ao equilíbrio social.
Vida após vida, morte após morte, vamos, assim, aprendendo a administrar nossas vergonhas e a ampliar nossa esperança em prol de tempos melhores.







William Crookes
Na obra de Crookes sobre espiritualismo tudo o que falta é rigor científico, pela absoluta falta de descrição metódica e pela presença de conclusões infundadas. Uma pessoa habituada ao trato científico não conseguiria reproduzir os experimentos ilustrados e muito menos chegar às mesmas conclusões.
Sim, Crookes foi genial, mas em sua área de pesquisa. Já nos estudos espiritualistas apenas reproduziu a falácia do "espiritualismo científico" tão comum entre aqueles que creem. Ou seja, nada mais do que pseudociência.
Sergio Mauricio - Brasília, DF.

Nota da Redação: a manifestação acima foi feita na Lista de Debates da CEPA, pela Internet, onde se discutiu a matéria de capa de CCEPA Opinião de dezembro. Veja em “Nossa Opinião”, na página anterior, a posição de outros debatedores e a deste jornal.

Apenas um Pedagogo (1)
Com prazer republiquei em meu blog artigo do amigo Eugênio Lara, cuja versão original saiu na edição de dezembro último do jornal Opinião, do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Brasil. Digo prazer porque se trata de um excelente artigo sobre o codificador Allan Kardec e porque revela o amadurecimento seguro do pensamento de um batalhador pelas ideias espíritas, que está atento a tudo o que se passa alhures e no interior de um movimento cada vez mais pluralizado e cada vez mais distante do foco original. Vejo o título – Apenas um Pedagogo – na sua duplicidade de significado, ou seja, um Pedagogo com P maiúsculo está anos luz à frente do homem comum, como o revela o autor neste artigo que vale a pena ler.
Wilson Garcia – Recife/PE. (Blog: http://www.expedienteonline.com.br/

Apenas um Pedagogo (2)
Gostei de ver Kardec em pauta no artigo do Eugênio do Opinião. Lendo a Revista Espírita lhe damos o devido valor. Mais que nunca, vejo isto.
Paulo Cesar Fernandes – Santos/SP.


As crises da fé e da religião
Interessantes considerações (Opinião em Tópicos/dezembro). Acontece que o ser humano moderno quer, ou deveria querer, compreender tudo, e não acreditar ou ter crença ou fé. No entanto, as religiões não se dirigem à compreensão, e sim à crença e ao dogma (que ninguém quer, ou deveria querer, aceitar sem compreender seus fundamentos e considerá-lo justo). A dúvida de Madre Teresa é bem típica de quem quer compreender e não aceita mais ter fé cega; no entanto, ela também deveria ter expressado a dúvida sobre o que é ou significa Deus, pois perdeu-se totalmente a noção do que essa entidade é e significa - aliás, por culpa das religiões! Interessante também, no caso dela, que o amor altruísta não depende de fé, e sim de espiritualidade (pois ele não faz sentido de um ponto de vista materialista, que deve necessariamente levar ao egoísmo).
Valdemar W. Setzer – São Paulo.






Loucos ou covardes?
Como classificar pessoas como os autores dos atos de terrorismo contra jornalistas do “Charlie Hebdo”, de Paris, em 7 de janeiro último?
Crentes ou dementes?      É difícil admitir que algum tipo de fé religiosa possa justificar tanta barbárie.
Como entender a alma e a mente de indivíduos assim?
Quando o fanatismo, seja religioso, ideológico ou político, passa a habitar a alma humana, sua mente se fecha para a razão. Renunciar à razão é negar o divino que está em nós. Nada identifica melhor a presença de Deus no interior da alma humana do que o cultivo da razão. Raciocinar é aprender a ler o grande livro da Natureza. Nenhum livro sagrado é mais rico do que o repertório de leis naturais gravadas na consciência imortal do ser humano.

Homens ou feras?
Foram necessários alguns séculos de civilização para que inteligência e ética se encontrassem, dando lugar ao reconhecimento dos direitos fundamentais do homem. Valores como igualdade e liberdade, frutos da fraternidade que, por sua vez, nascera da sociabilidade, levaram à conquista da dignidade humana.
Por todo o tempo em que fomos governados por nossos deuses tribais, desconhecemos os atributos de dignidade da alma humana. A ruptura com o sagrado e o resgate do natural abriram caminho à emancipação do espírito.
Respeito à vida, à integridade, às ideias, às crenças e sentimentos do outro é o que define o ser humano. É o que nos distingue da fera que já fomos e nos liberta do atavismo religioso em que permanecemos encarcerados, por longo tempo.

Furor sagrado?
Por tempos, o domínio do sagrado sobre o profano justificou a vingança e se sobrepôs à própria vida humana. Esta nada valia, quando em confronto com o universo sacro. Os novos tempos trouxeram para o mesmo nível o laico e o religioso. A crítica e a sátira a um e a outro restaram balizadas por idênticos regramentos: aqueles prescritos pelo moderno estado de direito. Mesmo para segmentos como o nosso, que defendem o respeito a todas as crenças, cultos e simbologias religiosas, é repulsiva e absolutamente injustificável a vindita, o furor sagrado em nome do qual se atenta contra a vida e a liberdade.

Desencanto ou esperança?
Episódios assim geram mais perguntas do que respostas.
Mas o tempo age sempre em favor do homem. Ele transmuda ignorância em aprendizado, vingança em tolerância, tolerância em alteridade, e ódio em amor.





2015 – Ano de Simpósio
Como acontece de dois em dois anos, 2015 é ano do Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, criação de Jaci Regis para o Instituto Cultural Kardecista de Santos. Na oportunidade, haverá também Assembleia Geral da CEPABrasil, com eleição de dirigentes para a próxima gestão. Veja as informações abaixo sobre o Simpósio:


Curso Básico de Espiritismo no CCEPA
O Departamento Doutrinário do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre promove, a partir de 25 de março próximo, um Curso Básico de Espiritismo, inteiramente aberto ao público. As aulas, em número de cinco, serão ministradas por Salomão Jacob Benchaya (Diretor do Departamento) e a pedagoga espírita, integrante do CCEPA, Dirce Teresinha Carvalho Leite.
As inscrições, gratuitas, já estão abertas. Veja os detalhes no cartaz no topo da página.





Sobre o futuro do Espiritismo

Vinícius Lima Lousada – vlousada@hotmail.com - Educador – Bento Gonçalves/RS


“O Espiritismo é a grande niveladora que avança para aplainar todas as heresias. Ele é conduzido pela simpatia; ele é seguido pela concórdia, pelo amor e pela fraternidade; ele avança sem abalos e sem revolução; ele nada vem destruir, nada derrubar na organização social; ele vem a tudo renovar”.    Um filósofo do outro mundo (*).                                                                             

Que será do Espiritismo nesses dias de pós-modernidade desvairada, de afetos líquidos, de certezas nada certas, de fidelidades transitórias à epistemologia espírita? Como se portará essa filosofia diante de escassez de sabedoria no copo transbordante de tanta informação veiculada, não raramente, superficial?
Como lidará a Doutrina dos Espíritos, no século XXI, com tamanha mídia a seu serviço nem sempre apresentando o pensamento lúcido de Allan Kardec, forjando um caráter de religião nacionalista – que o Espiritismo com Kardec nunca teve – com pregações, cânticos e rezas que parecem configurar um novo evangelismo, pouco identificado com a tradição filosófica em que o mestre inseriu a Doutrina, desde O Evangelho segundo o Espiritismo, ao apresentar como seus precursores Sócrates e Platão?
Que serão dos colóquios naturais com os desencarnados em tempos que um novo moisaísmo parece ecoar nas mentes e proibir, sem chancela alguma do ensino coletivo dos Espíritos, a arte de dialogarmos com os supostos mortos, apesar das instruções de Kardec sobre as evocações?
As pessoas solitárias não poderão chamar seus amados, domiciliados no além, para um abraço a mais, uma conversa a mais, uma elucidação sobre as leis da vida e suas consequências? Não poderá o coração em dúvida rogar ao seu benfeitor espiritual aconselhamentos enobrecedores? Até quando indagar os Espíritos sobre temas sérios, a despeito do ensino kardequiano, vai ser algo visto como coisa permitida somente para gente de nível evolutivo inencontrável na Terra?
E os médiuns, terão de esquecer que o são e recalcarão as suas potencialidades psíquicas para se ajustarem ao adestramento conduzido por alguns agentes que ignoram a pedagogia da mediunidade proposta por Kardec ou não guardam na alma qualquer vivência mais profunda com o fenômeno espírita?
Como se comportará a filosofia composta pelos Espíritos e Kardec diante da negação do diálogo e do debate que se coloca para dar lugar aos discursos “iluminados” que não suportam a dúvida e a inquietação filosófica?
O Espiritismo suportará aqueles que se creem com credenciais maiores que as de Kardec ao ponto de ignorarem a sua obra para criarem sistemas de ideias particulares e exóticas?
Mesmo que a arrogância não ouça o pensamento crítico, se faça excludente com os que se dedicam a pensar filosoficamente e venha a se dedicar a um discurso obscurantista – que promova a ignorância como virtude e achincalhe a inteligência em nome da fé cega, estigmatizando-a de vaidade –, o Espiritismo prosseguirá no ar, fazendo vibrar as fibras íntimas dos que se sentiram tocados no coração por sua filosofia, adotando-a como referência existencial.
O Espiritismo independe dos homens e das mulheres ou das instituições. É mensagem dos Espíritos à humanidade domiciliada na carne e, mesmo que o seu ensino seja proibido – algo que seus adversários desistiram, faz tempo - ele ainda existirá.
O Espiritismo está na Natureza, está no Espírito, nas leis que a vida encerra e revela em sua majestade, delineando uma ideia, a nós outros, acerca da Inteligência Suprema e de nossa própria pequenez ante a Sapiência Divina.
Será uma lástima se o saber espírita, com todo o seu potencial transdisciplinar, como ciência do infinito em permanente diálogo criativo com as leis naturais, seja encarcerado nas nossas referências religiosas do passado.
O futuro, diz o adágio popular, a Deus pertence. Mas, quero crer que os limitantes impostos ao Espiritismo pela falta de lucidez em voga se dissiparão ante o ensino progressivo e coletivo dos Espíritos que se apresentam diuturnamente à grande família humana, independente de credo, partido, questões étnicas, religião, condições econômicas ou posições ocupadas na sociedade.
O Espiritismo, com Kardec, prossegue. E o seu futuro? O mesmo dos grandes ideais: como uma fênix mitológica ressurgirá sempre das cinzas a que fora reduzido para, em novas possibilidades, renovar tudo à sua volta.
Queiram as mentes estreitas ou não, o Espiritismo prosseguirá em sua tarefa de renovação, apesar delas, sendo que os Espíritos são os seus maiores propagadores, como um dia ensinou Allan Kardec.
Construamos, enfim, uma convicção espírita na base sólida da fé raciocinada e estudemos Kardec, na fonte e em profundidade, para que através de nós o Espiritismo seja Espiritismo, com os seus princípios, desdobramentos e a lucidez que o caracteriza desde as bases kardequianas.


 (*) Revista Espírita, junho de 1863. O futuro do Espiritismo.