sábado, 13 de dezembro de 2014

OPINIÃO - ANO XXI - Nº 225 - DEZEMBRO 2014

William Crookes (1832/1919):
“É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o outro”.
Termina o ano de 2014 sem que, no movimento espírita, se tenha destacado a passagem do 140º aniversário de uma obra fundamental para o espiritismo científico “Researches in the Phenomena of the Spiritualism”, de William Crookes (1874) cuja versão para o português recebeu o título de “Fatos Espíritas” (FEB-1919).

O autor
O físico e químico William Crookes (foto) é considerado um dos mais importantes cientistas de seu tempo. Membro da respeitadíssima Sociedade Dialética de Londres entrou para a história da ciência por valiosas descobertas, como: o elemento tálio, o “tubo de Crookes”, os raios catódicos e o estado radiante da matéria. Por sua decisiva contribuição científica, foi nomeado cavaleiro, em 1897, pelo Rei Eduardo VII, e recebeu a  “Order of Merit”, em 1910.
A partir de 1870, Crookes,  após haver comunicado essa intenção à Royal Society, entidade de intelectuais ingleses por ele integrada, passou a investigar, com absoluto rigor científico, os chamados fenômenos espíritas, a partir, notadamente, daqueles produzidos por importantes médiuns da época, como Daniel Dunglas Home e Florence Cook. Esta, então com 15 anos de idade, materializou, em várias e seguidas sessões, na casa do cientista, o espírito identificado como Katie King, que, diante de várias testemunhas, caminhava na sala, conversava com os presentes, tendo segurado em seus braços o bebê da família e permitido que se lhe cortasse uma mecha de cabelo. As famosas sessões de materialização, na residência de Crookes, eram feitas no escuro, mas algumas foram fotografadas com a utilização de luz vermelha.

A obra
A obra que acaba de completar 140 anos, publicada que foi em 1874, reunindo escritos do autor publicados desde 1864 em “The Quartely Journal of Science”, é anterior às experiências de materialização em sua casa. Estas só viriam confirmar as teorias de Crookes sobre a sobrevivência e comunicabilidade dos espíritos, fundadas em observações de fatos que, desde a juventude, lhe haviam chamado atenção e que são relatados no livro.
Ainda em1874, William Crookes apresentou minucioso relatório dos fenômenos com os médiuns Florence Cook e Daniel Dunglas Home, atestando que os mesmos produziam  genuínos fenômenos espirituais. Mesmo que seus relatos tenham sido recebidos com incredulidade por alguns de seus pares, o famoso cientista ratificaria inteiramente, pelo restante da vida, suas convicções confirmadas nos fatos ocorridos em sua residência, sob a observação de insuspeitas testemunhas. Assim, em setembro de 1898, ao tomar posse na presidência da Associação Britânica pelo Avanço da Ciência, declarou:
“Trinta anos se passaram desde que publiquei as atas das experiências tendentes a mostrar que fora dos nossos conhecimentos científicos existe uma força posta em atividade por uma inteligência diferente da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho que retratar dessas experiências e mantenho as minhas verificações já publicadas, podendo mesmo a elas acrescentar muita coisa”.
E, em 1917, dois anos antes de morrer, em entrevista para “The International Psychic Gazette” repetiu:
"Nunca tive jamais qualquer ocasião para modificar minhas ideias a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que eu disse nos primeiros dias. É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o outro".

Na Internet
Você pode baixar a edição original do livro de William Crookes, assim como seu resumo, feito na edição em português, com o título de “Fatos Espítitas”. Acesse:

 



Há 30 anos
Em 1984, portanto há 30 anos, Maurice Herbert Jones transmitia a presidência da Federação Espírita do Rio Grande do Sul a Salomão Jacob Benchaya. E, com ela, um projeto que começaria, logo, a ser posto em execução: a revista “A Reencarnação”, órgão oficial da FERGS, em suas três seguintes edições, enfocaria, em cada uma, os comumente chamados três aspectos fundamentais do espiritismo. Naquele mesmo ano, sairia o primeiro número da série, versando sobre o aspecto científico. A edição 400 deixava a gráfica com este título de capa: “O tripé doutrinário está quebrado?”. Uma pergunta mostrando a clara preocupação com o estágio do movimento, onde segundo o recado inicial da Redação, “o importante aspecto religioso” estava “bem desenvolvido”, mas era mister “encorajar a atividade científica” (artigo “Ciência: o ângulo esquecido”).
A histórica edição, além de resgatar a contribuição de cientistas mais antigos como Mesmer, Croockes, Richet, Lodge, Wallace, e de saudar a atividade de contemporâneos como Hernani Guimarães, George Meek e Banerjee, trazia a palavra de importantes pensadores então em atividade, como Jorge Andréa, o próprio Hernani, Cícero Marcos Teixeira, Herculano Pires e Nazareno Tourinho, todos preocupados com a ausência de uma ancoragem científica do espiritismo, no estágio de então. Tourinho, em seu depoimento, assinalava: “Se desprezarmos nossa base científica, o movimento entrará em deplorável sectarização mística”.
Teríamos avançado nesses 30 anos? Provavelmente, bem menos do que nos 110 decorridos, então, entre o trabalho de Crookes e a edição da revista. O pensador paraense Nazareno Tourinho parece ter acertado em sua previsão: o movimento está mais sectarizado e mais místico. Dir-se-á que o espírita não tem a obrigação de ser versado em ciência. Que seu refletir filosófico pode ancorar racionalmente suas convicções. É verdade. Personagens como Crookes, Richet, Bozzano e outros, nunca se declararam espíritas. Pesquisadores que, hoje, especialmente nos Estados Unidos, se ocupam da memória extracerebral, concluindo pela reencarnação, também não se declaram como tal. O importante é que nós, espíritas, estejamos permanentemente atentos a esse tipo de pesquisa e saibamos, minimamente, interpretá-las no sentido da fundamentação teórica de nossa visão de homem e de universo. Claramente, esta é muito menos uma fé e bem mais uma boa teoria conciliável com a ciência moderna. (A Redação)





No limiar de um novo tempo
“É preciso que o mal chegue ao excesso para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas.” (O Livro dos Espíritos – questão 704)

É evidente que nenhum cidadão brasileiro estará observando com alegria os acontecimentos vindos à tona pela investigação “Lava Jato”, deflagrada pela Polícia Federal. Trata-se de um milionário esquema de lavagem de dinheiro, oferecimento e recebimento de propina, em que figuram, de um lado, grandes empreiteiras de obras públicas contratadas pela Petrobrás, e, de outro, ex-diretores e executivos daquela que é a maior estatal do país. Assim, recursos que deveriam se destinar ao fortalecimento da economia nacional e, logo, à produção de bens e serviços públicos, estariam servindo ao enriquecimento ilícito de funcionários e fornecedores, num vergonhoso conluio cuja real extensão se prenuncia como estarrecedora, segundo as investigações até agora divulgadas. Talvez seja o maior escândalo da história do Brasil.
Se ninguém se alegra com os fatos, reconheça-se, contudo, que sua investigação e a possível responsabilização de seus autores dão indícios de que a Nação vive o início de um novo tempo. E, por isso, há, sim, motivos de regozijo.
O aprimoramento moral e ético do ser humano e da sociedade envolve aprendizados e experiências que requerem tempo e esforço. Diferentemente da proposta teológica judaico-cristã, segundo a qual teria o homem saído perfeito das mãos de Deus e, posteriormente, se corrompido pelo pecado da desobediência, para nós, adeptos e cultivadores da filosofia espírita, o ser humano é um projeto que parte do “simples” e “ignorante” no rumo da perfectibilização, existência após existência do espírito imortal.
Ao aprimoramento da inteligência, no entanto, nem sempre se segue o da virtude, de forma imediata: “o fruto não pode vir antes da flor”, disseram as entidades espirituais na sua interlocução com Allan Kardec (O Livro dos Espíritos – q. 791). Asseveraram mais: que a civilização só poderá chegar a seu ápice “quando a moral estiver tão desenvolvida quanto a inteligência”, pelo efetivo combate ao orgulho e egoísmo, matrizes de todo o mal e sofrimento humanos. Apesar do aparente paradoxo, orgulho e egoísmo marcam estágios de nosso processo de humanização que, cedo ou tarde, necessariamente, terão de ceder lugar ao autoconhecimento e à solidariedade, desbravando, assim, o caminho da felicidade, destino de todo o espírito e coletividades, independentemente de suas crenças e cultura.
Não se diga que nunca houve tanta corrupção. Parece mais razoável afirmar que ela sempre existiu e que, no entanto, não se criara, antes, uma consciência coletiva verdadeiramente forte e eficiente quanto à necessidade de se a debelar. É dessa consciência que emana o enfrentamento do mal cuja existência passa a ser reconhecida como real e passível de extirpação. É dessa mesma consciência que brotará a coragem para as transformações, para as mudanças exigíveis tanto de governantes como de governados, de ricos e pobres, de empresários e trabalhadores, pois que uma nação só se constrói com o esforço comum na busca de padrões éticos por todos intelectualmente introjectados e efetivamente vivenciados.
É possível que o mal tenha chegado ao seu excesso. Pelo menos é assim que o vemos, graças à nossa capacidade de com ele nos indignarmos. Capacidade de indignação é também indício de avanço ético. Mas é certo que a Nação vive o seu melhor momento para inaugurar um novo período de sua já tão sofrida história. Há sinais de que começamos a trilhar um novo caminho. Um novo fio condutor parece impelir nossas futuras gerações - das quais nós mesmos poderemos fazer parte - a estágios de regeneração e de genuíno progresso. Já adiamos por demais esse tempo.
OLHO:  Capacidade de indignação é também indício de avanço ético.
         





As crises de cada um
Aqueles que se nutrem da crença religiosa têm formas diferentes de enfrentar as crises da fé. O avanço do conhecimento humano e a autonomia de pensamento, conquistada na modernidade, levam o crente, em algum momento, a refletir em sentido contrário às suas crenças. É quando ele percebe o choque entre a razão que se amplia e a fé que vê seus antes inexpugnáveis domínios progressivamente invadidos pelo conhecimento.
Mas, cada um reage de forma distinta ao se manifestar a crise. A maioria, num dado momento, e sem qualquer sentimento de culpa, simplesmente deixa de cultivar as crenças que lhe foram transmitidas culturalmente ou às quais aderiu em tempos onde não dispunha das informações agora disponíveis.

Fé e religião
Perder a fé nem sempre implica em abandonar a religião. Esta, por muito tempo, organizou e monopolizou a vida social das comunidades. Criou rituais de passagem que integram o script adotado e mantido pela sociedade de espetáculo em cujo palco nos movimentamos: batizados, casamentos, cultos fúnebres, missas de sétimo ou trigésimo dia, e por aí a fora. Para a maioria, são eventos meramente sociais que há muito independem da fé. Tampouco esta é exigida de seus atores. Basta-lhes representar o papel social da religião, apenas isso.
Abandonar a fé tornou-se uma atitude fácil e indolor. Renunciar a todos esses aparatos que se integraram ao espetáculo do calendário social pode ser bem mais complicado. A hipocrisia passa, então, necessariamente, a fazer sua figuração no roteiro.

Madre Teresa de Calcutá
Entretanto, há pessoas que construíram toda sua vida a partir da fé interior. Madre Teresa de Calcutá, por exemplo. O imenso bem que praticou em favor de seu semelhante nasceu justamente da crença. A caridade era-lhe consequência da fé abraçada ainda na infância. Mas, em algum momento, as dúvidas passaram a atormentá-la. Logo após a morte da missionária, seus biógrafos revelaram a profunda crise de fé que a acompanhou por cerca de 50 anos e da qual deixou registro em cartas de próprio punho. Nelas, há frases como esta: "Onde está minha fé, inclusive aqui no mais profundo não há nada, meu Deus, que dolorosa é esta pena desconhecida. Não tenho fé. Se há um Deus, perdoa-me, por favor. Quando tento elevar minhas preces ao Céu, há um vazio tão condenador...". O tormento que sentia pela ausência de fé, sendo esta elemento primordial da religião, provocava-lhe, segundo escreveu, uma “terrível dor” que a monja buscava compensar com sua entrega total ao serviço pelos mais necessitados.  Foi seu jeito particular de enfrentar a crise da fé. Cabe-lhe, assim, muito melhor o título de humanista do que o de santa.

Fé e evolucionismo
A crise da fé também atinge as instituições. Mas, aí poderá convir fazer de conta que a crise nunca existiu. Entre a radicalidade da fé e a preservação da instituição, opta-se por esta. É o que a Igreja faz com relação ao evolucionismo. Claramente, a tese da evolução não se compatibiliza com o mito judaico-cristão da criação, espécie por espécie. Muito menos com a base fundamental herdada do judaísmo pelo cristianismo. Esta repousa na ideia da desobediência do primeiro casal saído das mãos de Deus e cuja descendência toda foi amaldiçoada. Maldição de um deus pessoal, criador, que só se anularia com outro mito fundamental cristão: o de um redentor que baixa dos céus à Terra para salvar quem nele crê.
Esse deus é justamente aquele de cuja existência Teresa de Calcutá duvidou. Não há como compatibilizá-lo com o conhecimento moderno. A Igreja prefere ratificar, na prática, toda a cosmogonia que ampara seus dogmas, e, contraditoriamente, afirmar não se opor à evolução.
 É seu jeito de administrar a maior crise de fé já provocada em sua história.






Apenas um Pedagogo
Eugenio Lara, arquiteto e designer gráfico, membro-fundador do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita, editor-fundador do site PENSE – Pensamento Social Espírita e autor de Breve Ensaio Sobre o Humanismo Espírita. E-mail: eugenlara@hotmail.com

Penso que um dos motivos de, ao menos para os espíritas, Kardec permanecer atual, é o fato de que seu verdadeiro papel e finalidade na estruturação do Espiritismo ainda não são claros. Há os que o subestimam e o descartam como personagem central da Doutrina Espírita. Por sua vez, outros entendem que Kardec era tão genial que os espíritos seriam descartáveis, criando assim um pensamento exclusivo e sistêmico. Para tanto, foi filósofo, teólogo, médico, astrônomo, cientista etc. etc.
Penso que entre esses dois extremos há mais perspectivas, há outro olhar possível.
O Espiritismo surgiu da mente privilegiada de Allan Kardec como um grande sistematizador de ideias, cuja origem, todavia, não se encontravam, na sua totalidade, em seu acervo intelecto-moral. Muitas daquelas ideias não eram dele. É fato, confirmado por ele próprio, que chegou a discordar radicalmente do conceito de reencarnação ensinado pelos espíritos. Demorou a aceitá-lo, assim como demorou para admitir a teoria da evolução e a evolução anímica. Até o último instante, insistiu com a decrépita teoria da geração espontânea, mas teve de se render à tese evolucionista.
Rivail/Kardec tem de ser visto em sua dimensão humana e social. Possuía atributos intelectuais e culturais que poderiam qualificá-lo como filósofo, teólogo, cientista, médico, literato, semiólogo, comunicólogo etc. etc. No entanto, ele não foi nada disso porque era, sobretudo, um pedagogo. Em meio à sua formação humanista, enciclopédica, era essa a sua especialidade, a pedagogia, a ciência da educação.
Dada a natureza sintética do Espiritismo, teve de, em muitos momentos de sua obra, se valer do instrumental crítico e reflexivo de um filósofo. Em outros momentos, como teólogo, tentou compreender e intuir a natureza divina e sua relação com a criação e as criaturas. A experimentação e observação dos fenômenos medianímicos exigiram dele uma postura científica. Teve de agir como cientista, mas, ao mesmo tempo, não se limitou apenas a observar e comprovar o fenômeno por meio de pesquisas nem sempre rigorosas, porque pensava além daquela fenomenologia. Extraiu dali uma nova filosofia espiritualista, segundo sua própria definição.
Essa nova filosofia não surgiu de uma revelação teológica, de alguma elucubração metafísica ou por determinação divina simplesmente porque sua origem é histórica e social. Daqueles fenômenos pueris e fúteis das mesas girantes parisienses é que surgiu o Espiritismo.
Rivail trabalhou com suas ideias e ideias alheias, oriundas das reuniões mediúnicas, de autoria dos espíritos. Difícil imaginar a tonelada de informações que ele teve de processar, sem um notebook, sem computador, sem nenhuma máquina para auxiliá-lo, nem mesmo uma bendita máquina de escrever ou alguma caneta esferográfica.
No caso, ninguém melhor do que um pedagogo para a busca de sínteses. E, provavelmente, naquele exato momento, ninguém melhor do que ele na França, especialmente em Paris, o centro da cultura ocidental, para realizar aquele monumental trabalho. Forças intelectuais possuía com sobras, mas as forças físicas estavam muito aquém, tanto que desencarnou precocemente.
O trabalho informático e pedagógico que realizou o qualifica como fundador/codificador do Espiritismo.
Não foi teólogo, nem filósofo ou cientista, ainda que em múltiplos momentos de sua obra, possamos observar o teólogo Rivail em ação, tanto n’O Evangelho Segundo o Espiritismo como em O Céu e o Inferno, por exemplo. Assim como o filósofo, o ensaísta nos textos teóricos que elaborou em O Livro dos Espíritos, bem como o humanista, na estruturação das Leis Morais e em suas reflexões sobre a questão social.
A principal marca de seu trabalho está na capacidade que teve de sintetizar uma série de informações, ideias e conceitos díspares, contraditórios, desconexos, agindo como um grande pedagogo/pensador capaz de filtrar aquela imensidão de informações.
O Espiritismo é uma questão de razão e bom senso, dizia Kardec, ciente do potencial filosófico da nova doutrina, uma corrente espiritualista de pensamento, uma nova escola filosófica.
Nem teólogo ou cientista, nem filósofo ou revelador, apenas um pedagogo que colocou todo seu potencial intelecto-moral a serviço de uma forma de pensamento inédita em sua abordagem e capaz de produzir uma verdadeira síntese no contexto do espiritualismo. Allan Kardec, apenas um pedagogo. Deveria ser o suficiente.





“Kardec Ponto Com” registra 20 anos de “CCEPA Opinião”
Em sua edição de novembro último, a gazeta eletrônica “Kardec Ponto Com” registrou a passagem dos 20 anos do jornal “CCEPA Opinião”, completados em agosto de 2014.

O jornalista paraibano Carlos Barros deixou consignada a efeméride publicando entrevista realizada com o editor do jornal do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Milton Medran Moreira, remontando às origens históricas deste jornal e sua linha editorial. Na entrevista, Medran aborda, entre outros tópicos, a forma como entende deva se “comunicar” o espiritismo, a partir da ideia central de que, sendo a proposta espírita “racional e capaz de dar respostas concretas às mais instigantes perguntas do homem de todos os tempos”, não é, entretanto “uma teoria que exclua todos os demais esforços humanos no sentido do conhecimento e da felicidade”. Assim, para o editor de “CCEPA Opinião”, quem comunica o espiritismo a partir de que é uma “revelação pronta e acabada” se equivoca e leva outros a semelhantes equívocos”, privando-os daquilo que lhes é mais caro e nobre: “a liberdade de pensamento e de consciência, que,  segundo Kardec, é uma das características da verdadeira civilização e do progresso (L.E. q.837).
Interessados na leitura da entrevista, em sua íntegra, poderão solicitá-la pelo e-mail: ccepars@gmail.com .

Confraternização de fim de ano do CCEPA
Eloá Bittencourt, Sílvia Moreira e Medran organizadores do evento
Integrantes do quadro associativo, dirigentes, colaboradores do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre reuniram-se na noite de 4 de dezembro, para um jantar de confraternização, na sede da entidade, assinalando o final de mais um período de atividades anuais da casa.
Na oportunidade, o presidente, Milton Medran Moreira, agradeceu, em nome da direção do CCEPA, a colaboração e o espírito de integração vivido pela “família CCEPA” durante o ano, dando especial destaque ao evento aqui realizado em setembro último, quando sediamos o “VI Fórum do Livre-Pensar Espírita”, promoção da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA.
Salomão, Eloá e Medran junto ao cartaz promocional
Por ocasião do jantar de confraternização, foi lançado, pelo diretor do Departamento Doutrinário, Salomão Jacob Benchaya, o projeto de realização, em abril de 2015, de um Curso Básico de Espiritismo”, aberto ao público. Os conteúdos do curso serão desenvolvidos por Salomão e pela pedagoga espírita Dirce Teresinha Carvalho Leite, nossa colaboradora.







Distante, mas perto
Estou renovando minha assinatura de “CCEPA Opinião” para o ano de 2015. Apesar de distante, continuo perto e acompanhando o esforço de todos em prol do espiritismo laico e livre-pensador.            Um grande e fraterno abraço.
Ademar Arthur Chioro dos Reis – Brasília/DF.

Tempo de União e Diálogo
Talvez devesse aguardar um pouco mais, para a abordagem a seguir. Ainda estou sob o efeito do choque, da tristeza, da desilusão com o que vejo no exemplar de novembro/2014 (editorial “Tempo de união é diálogo”). Uma entidade espírita (ou não se reconhecem também mais assim?) mesmo se declarando não religiosa, livre-pensadora, progressista, humanista e pluralista, publicando, seja em que folha for, citações da sra Dilma Roussef, infelizmente e para desgraça do nosso País (pelo visto não dos senhores) presidente da República???!!! O sentimento de consternação é tão imenso, que prefiro não enumerar os qualificativos desprezíveis a que tal pessoa é merecedora, e acredito não desconhecerem.  Sei que falo pela imensa maioria dos BRASILEIROS, espíritas ou não.  Obrigada pela remessa ininterrupta do vosso jornal.
Marlene Alves da Silveira – Porto Alegre.

Nota do Editor
“CCEPA Opinião” ratifica sua condição de órgão genuinamente espírita, livre-pensador, humanista e pluralista. Exatamente em respeito a essa sua linha editorial, este jornal não tem compromisso ideológico ou partidário, de qualquer matiz, reconhecendo aos cidadãos espíritas o direito de exercitarem, da forma que melhor lhes aprouver, seus ideais políticos e ideológicos. Tal posicionamento, entretanto, não nos exime de citar ou reproduzir pensamentos emitidos por agentes políticos ou administrativos que, circunstancialmente, coincidam com os valores por nós defendidos de progresso, união e diálogo, assim como de respeito à democracia e aos poderes legitimamente constituídos.

Espiritismo laico
Estou enviando em anexo cheque correspondente à renovação de minha assinatura de “CCEPA Opinião” para continuar recebendo esse maravilhoso jornal que, juntamente com nosso “Abertura”, oferece sempre bons temas de reflexão sobre o espiritismo laico. Desejo a todos um Ano Novo feliz e repleto de realizações.
Liamar Gadelha Pazos – Santos/SP.

Peça e Receba
Na oportunidade em que renovo a assinatura de “CCEPA Opinião”, agradeço pela divulgação de meu livro “Peça e Receba – O Universo conspira a seu favor”. Aproveito para informar que, com apenas quatro meses de lançamento, a obra já está em sua terceira edição, sendo que a primeira foi de 5.000 exemplares, a segunda de 2.000 e esta última 1.000 exemplares. Está em primeiro lugar entre os livros mais vendidos da Editora EME.
José Lázaro Boberg – Jacarezinho/PR