segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OPINIÃO - ANO XIX - Nº 203 -DEZEMBRO 2012

Será o fim de uma era?

A corrupção punida

O final de 2012 chega trazendo aos brasileiros sinais concretos de êxito na punição judicial de atos de corrupção política. Estará o julgamento do “mensalão” marcando o fim de uma era e o início de novos tempos para a política no Brasil?


 O maior julgamento da História

Ao encerrarmos esta edição ainda não tinha findado o julgamento da Ação Penal 470, popularmente conhecida como “mensalão”.  Já estavam fixadas, no entanto, embora suscetíveis de alteração, as penas de 25 dos 38 denunciados deste processo criminal que entra para a História como a maior ação penal já enfrentada pelo Supremo Tribunal Federal do país. Consumindo cerca de 50 sessões do Pleno da Corte Suprema brasileira, de agosto a dezembro, transmitidas ao vivo por importantes redes de televisão, o processo é o mais longo e volumoso de todos quantos passaram por aquele tribunal.

Nomes importantes e penas severas

Entre os apenados constam nomes importantes da política e do empresariado brasileiro: deputados, banqueiros, dirigentes partidários e ex-titulares de cargos elevados no governo da República. Condenados pela maioria dos integrantes do Supremo Tribunal Federal por crime de corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro, alguns deles sofreram penas superiores a 40 anos de reclusão e milhares de reais em multa. Na reta final do julgamento, o Ministro Relator, Joaquim Barbosa, determinou que todos os condenados, mesmo sem o trânsito em julgado do processo, entregassem seus passaportes, como garantia de que não deixarão o país, frustrando, dessa forma, o futuro cumprimento das penas.

A dúvida do povo: eles irão mesmo para a cadeia?

A condenação de pessoas destacadas do cenário político, social e econômico do país, gerou, em princípio, um clima de euforia.  Contudo, há muito, vige no Brasil a crença popular de que “rico não vai para a cadeia” e que os chamados “crimes do colarinho branco” sempre restam impunes. Prolatada a decisão condenatória do Supremo, subsiste, entre o povo, um misto de confiança e de descrença que se materializa nesta indagação: Eles irão mesmo para a cadeia? Especialistas preveem uma sucessão de recursos protelatórios que poderão retardar o trânsito em julgado da decisão ou, mesmo, determinar a prescrição de crimes, ou seja, a extinção da punibilidade pelo decurso do tempo.






Fim de um tempo

Místicos, astrólogos e crentes de velhas teses sobre o fim do mundo preveem acontecimentos estranhos para este dezembro de 2012. Ocorrerão, segundo dizem, com data e hora aprazadas, catástrofes que levarão a radicais mudanças planetárias. Fim dos tempos, para muitos. Início de uma nova era, para outros.

Desde que o mundo é mundo transformações geológicas e sociais, físicas e culturais, se sucedem em processos mais ou menos rápidos. Nós, espíritas, chamamos isso simplesmente de evolução. Mudanças, em qualquer circunstância, pedem tempo, exigem correção de rumos e, quando envolvem atitudes humanas, requerem conscientização. “Natura non facit saltus” -  a natureza não dá saltos – já diziam os romanos.

Dezembro passará e a vida dos humanos seguirá seu rumo. Sem sobressaltos. Mesmo assim, neste canto planetário, esta quadra parece assinalar mudanças que seu povo, de há muito, vem acalantando e preparando. Há uma consciência generalizada a reclamar novos padrões comportamentais nas relações entre governantes e governados, entre os que detêm poderes políticos ou econômicos e aqueles que destes dependem.

O processo judicial do chamado “mensalão” é um marco visível dessa ânsia de transformações políticas, sociais e econômicas inspiradas em uma imensa sede de ética, de equidade e justiça.

O povo, em sua simplicidade, acha que tudo se resolverá com o encarceramento, e por muitos anos, de alguns usurpadores do poder político e econômico. Vale considerar, no entanto, que eles apenas repetiram velhas práticas enraizadas em uma cultura que, hoje, dá mostras de saturação. Ocorra o que ocorrer com eles, entretanto, e mesmo que, eventualmente, burlem os visíveis mecanismos de justiça, já lhes sobreveio e lhes continuará sobrevindo o amargo e natural resultado de seus erros. Episódios como estes têm profunda repercussão no íntimo tribunal da consciência de seus agentes. Para eles e para a Nação, ademais, estes acontecimentos históricos hão de ter efeito altamente pedagógico. Nada têm de apocalípticos. Não são, como alguns chegam a interpretar, indícios do final dos tempos. Claramente, contudo, compõem um quadro a caracterizar o fim de um tempo prenunciando um novo amanhecer.
 



 


Vivemos mais e melhor

“Em verdade vos digo: a Natureza não é imprevidente, o homem é que não sabe moderar o seu modo de viver”. (Questão 705 de O Livro dos Espíritos).

 O IBGE acaba de divulgar dados sobre a expectativa de vida dos brasileiros. Vivemos mais e melhor. Em média, hoje, o brasileiro vive até os 74 anos de idade. Um avanço significativo. Nos últimos 50 anos, nossa expectativa de vida aumentou 25,4 anos. Só no período entre 2010 e 2011, a esperança de vida de alguém nascido no Brasil ganhou mais três meses e 22 dias. Reduziu-se também, consideravelmente, a taxa de mortalidade infantil.

Quanto deverá viver, em média, um brasileiro que nascer no novo ano? Oitenta, noventa, cem anos? Estamos aprimorando conhecimentos e colocando-os em prática na área da alimentação, da medicina preventiva e curativa, do exercício físico, do saneamento. Isso é progresso. Progresso moral, bem entendido. Não foi por outra razão que Allan Kardec arrolou a Lei de Conservação entre as dez leis morais submetidas à apreciação e discussão dele com seus interlocutores espirituais.

 Por tempos, impingiram-nos a ideia de que o planeta onde vivemos era um “vale de lágrimas”. Nossa passagem por aqui outra finalidade não tinha que não a de solvermos culpas que nem nossas eram, pois resultantes de um mítico pecado original. Atribuíamos à divindade a autoria de uma iníqua lei segundo a qual a pena passaria de pai para filho, geração após geração, até o final dos tempos. A sombra da culpa coletiva ou individual ainda nos persegue. Exemplo disso: a crença numa hecatombe destruidora a atingir a Terra e a maioria de seus “indignos” habitantes, ainda neste último mês de um ano onde tivemos tantos ganhos, como aqueles apontados nas primeiras linhas deste editorial.

É certo que não vivemos em nenhum paraíso terrestre. É preciso, no entanto, saber olhar para trás com discernimento e sensatez. O pressuposto dessa capacidade nasce da ideia generosa da evolução, uma das mais significativas conquistas do homem moderno. Por evidente, essa lei geral universal não se aplica exclusivamente ao vasto universo dos átomos, células e compostos orgânicos de que somos feitos. Preside também a formação e o desenvolvimento da consciência que se situa nos domínios do espírito e sua interação com a matéria. E é, justamente, sabendo olhar para trás que estaremos capacitados a avaliar o progresso do espírito humano.

O exercício contínuo e sensato dessa retrospecção, tendo por objeto a fascinante aventura humana nos faz otimistas perante a vida. Otimistas e esperançosos. Olhando o passado, nos capacitamos a vislumbrar o potencial humano na construção de um futuro cada vez mais saudável, equânime, justo e feliz.

Não fosse assim, a vida não teria sentido algum.

 

 



Carlos Ayres Britto     


Com a aposentadoria compulsória do ministro Carlos Ayres Britto, ao completar 70 anos de idade, o Supremo Tribunal Federal perde uma das figuras mais extrordinárias que já passou por aquela Corte. Comecei a admirar esse jurista, poeta e humanista, há alguns anos atrás quando ele foi relator de uma ação em que se pedia a declaração de insconstitucionalidade da lei autorizando pesquisas com células-tronco embrionárias. Opondo-se, com altivez e independência, a organismos religiosos contrários à pesquisa, Ayres Brito chancelou a constitucionalidade da lei, em voto brilhante onde prioriza fatores como o interesse público e o compromisso estatal com a felicidade humana e com o desenvolvimento da ciência,  sempre que estes conflitam com questões de fé.


Almas congeladas
Na oportunidade, publiquei no jornal Zero Hora (edição de 9.4.08) o artigo “Almas Congeladas”, apoiando a decisão do ministro. Afirmei ali, acerca da crença de que num aglomerado de células humanas, descartadas e guardadas em congelador, pudessem estar presentes espíritos: “Almas congeladas só podem povoar o mundo mítico de seres que preferem também congelar a fé, mas que não têm o direito de obstaculizar o avanço da ciência. Mormente quando esta contribui para a felicidade humana”.

Recebi, na oportunidade, atencioso telefonema pessoal do ministro, cumprimentando-me pelo artigo e revelando que se sentia confortado diante da posição de um espiritualista em favor da pesquisa. Disse-me que talvez eu não pudesse imaginar o quanto de pressões e de hostilidades estava sofrendo, vindas de religiosos, por conta de sua posição.

Espiritualista
Em seu telefonema, Ayres Britto nada me referiu sobre suas convicções filosóficas, mas suspeitei que estava falando com um homem com fortes inclinações espiritualistas. Agora, quando de sua aposentadoria, o jurista, em entrevista à Folha de São Paulo (caderno Ilustríssima de 14/11/12), falou amplamente sobre esses aspectos de sua vida. Revelou ser vegetariano e dedicar-se à prática de meditações diárias, “que infundem uma dose de espiritualismo na rigidez habitual da ciência jurídica”.  Prega ideias de que “é preciso expulsar de si o ego para que o espaço dentro de você seja preenchido pelo universo, pelo Cosmos, pela existência, que outros preferem dizer por Deus”. Sobre física quântica, área que também tem estudado, revelou, na entrevista, que esta, segundo lhe parece, “confirma tudo o que os espiritualistas afirmam”.

Espiritualismo e religiões
Perguntado se tinha religião, o entrevistado respondeu: “católica, só que, de 20 anos para cá, me tornei um espiritualista”.

A resposta é emblemática. Hoje, há uma clara oposição entre espiritualidade e religião. As religiões abandonaram a ideia do espírito. Sucumbiram ante o desprezo que a cultura materialista vota à hipótese da existência do espírito como identidade fundamental do ser consciente. Teoricamente, toda a religião deveria ser espiritualista. Na prática isso não ocorre. Como escreveu John A. Sanford, os teólogos modernos “falam muito sobre salvação e pouco sobre alma”, Isso dá a sensação de que o que deve ser salvo é “o ego com todos os seus desejos e esforços egoísticos”.

Só um espiritualismo humanista e laico, aberto aos avanços da ciência, pode resgatar a ideia fundamental do espírito, em um novo paradigma que não é nem o da teologia nem o do materialismo. Ayres Britto está claramente inserido nesse paradigma dos tempos que amanhecem.
 






Cristianismo x Espiritismo

Eugenio Lara, arquiteto e designer gráfico, editor do site PENSE - Pensamento Social Espírita [www.viasantos.com/pense], membro-fundador do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita (CPDoc) e autor do livro Breve Ensaio Sobre o Humanismo Espírita. E-mail: eugenlara@hotmail.com

Correlações entre Cristianismo e Espiritismo sempre provocam controvérsias históricas. Até hoje, espíritas cristãos, religiosos não se entendem com espíritas laicos, livres-pensadores. Ora, será que Allan Kardec imaginava os conflitos, cisões e o descompasso que haveria entre os espíritas em função dessas controvérsias? Quais motivos o levaram a interpretar o Cristianismo?

Na Revista Espírita, Kardec reafirma o caráter científico e experimental da Doutrina, conforme a definição de O Que é o Espiritismo (1860), bem aplicada n’O Livro dos Médiuns (1861). Todavia, a partir de O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), dedica-se à hermenêutica, à exegese dos evangelhos e vincula o Espiritismo à teologia judaico-cristã como a Terceira Revelação, o Consolador prometido pelo Cristo. Kardec chega a admitir, sutilmente, que O Espírito de Verdade seria Jesus, contrariando o que afirmara em Instruções Práticas Sobre as Manifestações Espíritas (1858), quando revelou que esse espírito fora um grande filósofo da Antiguidade.

Não há como negar a vinculação ao Cristianismo, a começar pela terminologia adotada na Kardequiana. A tal “questão religiosa” nasce com Roustaing e é reafirmada por Kardec devido à adesão ao Cristianismo, mesmo tendo negado várias vezes que o Espiritismo fosse religião.

Muitas são as interpretações dessa postura de Kardec. Há quem imagine que ele fundou um neocristianismo. Para outros, fez concessão à Igreja ao escrever obras interpretativas da teologia cristã. Para muitos, o Espiritismo é o Cristianismo redivivo, sua revivescência.

Ora, não houve concessão alguma ao Cristianismo, à Igreja, senão o comportamento de Kardec seria outro. Ele não era um sujeito frouxo, inseguro. Basta ver a polêmica que travou com Chesnel. Por outro lado, é equivocada a tese de que Kardec desejava fazer do Espiritismo uma forma sofisticada de Cristianismo, de que ele, sem querer querendo, fundou uma nova religião cristã. Essa leitura é correta em relação ao roustainguismo ou à Igreja Mórmon, porém nunca em relação à Doutrina. E além do mais, o Espiritismo não adota a Bíblia como texto fonte. Este fato, por si só, o exclui do rol das religiões cristãs. O Espiritismo não é um Cristianismo.

É preciso contextualizar essa questão. A atitude de Kardec representa a resposta à demanda social e cultural de seu tempo. A partir de 1860, desloca-se de Paris e viaja por toda a França, Bélgica, Suíça a fim de atender aos apelos dos novos grupos espíritas que nasciam. Em sua cidade natal, Lyon, polo industrial similar ao nosso atual ABC, Kardec deu de cara com muitos operários, gente simples, de mãos calejadas, semianalfabeta. Isso deve ter sido algo inusitado e muito marcante, surpreendente mesmo para alguém acostumado a um público com outro perfil, mais elitista e sofisticado.

A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas era composta por membros da elite, da nata da sociedade. Os novos grupos periféricos, por sua vez, possuíam perfil mais modesto, com particularidades outras e a influência tenaz do Cristianismo, porque formados por adeptos recém-saídos da Igreja ou que ainda a frequentavam. A propósito, para Kardec, podia-se ser espírita sem rejeitar o catolicismo, sem deixar de ter alguma religião. Tal orientação não é gratuita.

Os livros que escreveu, a partir de O Evangelho, visam atender à necessidade de se vislumbrar, no próprio Cristianismo, elementos interpretativos da Doutrina, não somente da experimentação, do empirismo mediúnico, mas também de sua filosofia e teoria de valores. Ele entendia, inclusive, que o Espiritismo teria a missão de oferecer à Igreja a sustentação de seus dogmas, além de funcionar como o “traço de união” entre ciência e religião.

Oportuno lembrar que no século 19, devido ao avanço econômico, da ciência e dos costumes, as religiões perdem terreno, adeptos e o poder que sempre tiveram, porque são inimigas da modernidade, do progresso. Pois o Espiritismo nasce, justamente, em pleno surgimento da modernidade, em meio à crise das religiões e procura dar conta de questões onde elas fracassaram, especialmente a cristã. Daí o esforço de Kardec em escrever obras que atendessem a essa demanda, constatada em sua excursão doutrinária. Não foi nenhum tipo de concessão, nem houve intenção de se fundar uma nova religião cristã ou instituir “A Religião”.

Outro aspecto é o fato de que o Espiritismo, apesar de definido como filosofia espiritualista, não dialoga com boa parte da tradição filosófica ocidental. Ou seja, a conexão direta não é com Platão, Aristóteles, Espinosa, Kant, Hegel etc., mas sim com o humanismo iluminista, o espiritualismo em geral, com o Spiritualism norte-americano e inglês, com o espiritualismo filosófico (Leroux, Reynaud, Lessing), os utópicos (Fourier, Cabet, Saint-Simon) e, inclusive, com a cultura celta: gaulesa e bretã.

A busca do diálogo com o judaico-cristianismo surge da necessidade cultural, religiosa na França do século 19. O Cristianismo não tinha aí a mesma força que na Espanha (vide o Auto de Fé de Barcelona), mas era a religião hegemônica. Se Kardec não fosse homem de prestígio, amigo de Napoleão III e outros maçons, de membros influentes da elite francesa, a Igreja esmagaria o Espiritismo, que teria abortado logo de início.

Kardec sabia que haveria divergências, cisões, por isso redigiu o Projeto 1868 e delineou rumos seguros à organização do Espiritismo como movimento social. O Período Religioso, imaginado por ele na sua prospecção cartesiana da propagação espírita, não tem o sentido de laço, de elo, de comunhão entre os espíritas. O religioso aí é no sentido religioso mesmo, sem trocadilho. É religioso com significado de culto. Senão, segundo a acepção que aplicava ao termo religião, ele deveria denominar esse período de Religionário, usando-o no sentido de laço (religion). Kardec vislumbrou que após esse Período Religioso, impregnado pelo Cristianismo, haveria outro, de transição, até o Espiritismo assumir integralmente sua vocação natural de “influência sobre a ordem social”, no Período de Regeneração Social.

Como se vê, a conexão entre Cristianismo e Espiritismo é um tema complexo, exige conhecimento histórico, de filosofia, teologia, antropologia e muitas áreas outras. Não basta somente conhecer a Kardequiana, é preciso situa-la em seu contexto histórico. Muitas polêmicas e divergências poderiam ser amainadas se os espíritas se dedicassem a esse tipo de leitura, ao invés de ficar garimpando na Kardequiana, aqui e ali, palavras de Kardec acerca dessa questão.


 



Fim de ano no CCEPA

Uma animada confraternização reuniu, na noite de 1º de dezembro, associados, colaboradores e familiares do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre para celebrar o final de um novo ano.

O encontro teve por local o salão de festas do Condomínio onde reside a associada Magnólia da Rosa: a segunda, a partir da esquerda, na foto  com a vice-presidente, Eloá Bittencourt, a diretora social, Sílvia Moreira e o presidente Milton Medran Moreira.

 Na oportunidade, o presidente da instituição agradeceu a colaboração de todos, graças à qual foi possível manter acesas as propostas de um espiritismo livre-pensador e humanista, que identificam a tradicional casa espírita da Rua Botafogo.

 Palestras de Dezembro no CCEPA

No dia 3 de dezembro, aconteceu a última palestra publica mensal noturna do ano no Centro Cultural Espírita de Porto Alegre. Esteve a cargo de um de seus diretores, o promotor de Justiça aposentado, Ruy Paulo Nazário de Oliveira, com o tema “A Cultura do Natal na Visão de um Espírita”. A partir de março de 2013, voltará essa atividade reservada para as 20h30 da primeira segunda-feira de cada mês.

No próximo dia 19/12, será a vez de Salomão Jacob Benchaya, Diretor Doutrinário do CCEPA, ocupar a tribuna do auditório da Rua Botafogo, 678, para abordar o tema: “Transição Planetária ou Fim do Mundo?”. Será às 15 horas, com entrada franca. Essa atividade, interrompida no período de férias, também retorna em março, sempre na 3ª quarta-feira de cada mês.

 

 


Sobre padres espíritas

Em sua Opinião em Tópicos (novembro 2012), Milton Medran Moreira destaca, a respeito da influência católica no Espiritismo brasileiro: “Essa orientação foi aceita pela turma do lado de cá, e entendida como a mais ajustada à alma do povo brasileiro. Talvez até o fosse, nos primórdios do espiritismo por aqui, quando praticamente 100% da população era católica. Pergunta-se: ainda será ou já esta na hora de reverter essa situação, diante do perfil predominantemente laico da sociedade dos dias atuais?".

Eu responderia que talvez até já tenha passado um pouquinho da hora! Porém, para realizar esse intento, "hay que tener mucha coraje", tal como Medran e mais alguns valorosos companheiros. Mas, o futuro é esse. Penso que todas as religiões, tal como as conhecemos, um dia desaparecerão. Restará, felizmente, no Ser Humano  plenamente desenvolvido, um profundo sentimento de  RELIGIOSIDADE.

Um grande abraço e muita paz!

Adão Araújo – Bento Gonçalves/RS.

 Entrevista com Nilton Starnini

É sempre bom receber o Opinião. O número 201 (outubro/2012), por exemplo, me trouxe uma notícia muito boa: a entrevista com Nilton Starnini, presidente da USE Distrital da Baixada Santista. Sempre achei que pensar diferente é criativo. Sou mais enriquecido pelos que pensam diferente de mim. Os que acatam minhas ideias sem pensar não me permitem revisão de conceitos.

Paulo Cesar Fernandes – Santos/SP.